quinta-feira, 31 de maio de 2007

Líder: Heloísa Helena

Natural da cidade alagoana de Pão de Açúcar, Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho nasceu em 6 de junho de 1962 em uma família humilde. Seu pai, Luiz, funcionário público, morreu de câncer quando ela tinha apenas dois meses de idade. A família encolheu ainda mais com a morte do irmão mais velho, Cosme, assassinado ainda criança. Sobraram Heloísa, o irmão Hélio e a mãe. Para ajudar no sustento da casa, Heloísa chegou a trabalhar como bóia-fria.
Tem 44 anos, é mãe de dois filhos - Ian, 20, e Sacha, 23 - e divorciada após dois casamentos, É conhecida por usar sempre calças jeans e camisetas brancas no Congresso, contrariando a imagem conservadora da casa. Ela está sempre de cabelos presos em um rabo de cavalo e diz que não ligar muito para a vaidade também quando entrou para o Congresso tomou a decisão de rejeitar o carro oficial com motorista ao qual tinha direito.
De infância difícil, tinha a saúde tão fraca que sua mãe prometeu não cortar seus cabelos até os nove anos de idade se sobrevivesse. As cabelos batiam no joelho quando chegou a hora. Ela não só sobreviveu como se tornou o símbolo da luta contra as injustiças sociais e uma das parlamentares mais combativas que o País já teve, da infância trouxe uma de suas características mais marcantes: a verborragia.
Heloísa Helena é formada em Enfermagem e professora do Centro de Saúde da Universidade Federal de Alagoas, na cadeira de Epidemiologia.
Iniciou sua atividade política no Movimento Estudantil, dedicando-se posteriormente ao Movimento Docente e Sindical.
E 1985 filio-se ao PT e em 1992 foi eleita vice-prefeita de Maceió o que à projetou para as eleições estaduais de 1994, quando ela conquistou uma cadeira na Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas.
Em 1998, nas eleições de outubro, foi eleita a primeira senadora por Alagoas, com um total de 374.931 votos (55,92% dos votos para a vaga no Senado Federal). A diferença entre a votação de Heloísa Helena e seu principal opositor foi de 127.579 votos.
Em 2002, o PT cogitou lançar seu nome para o governo alagoano, mas Heloísa não aceitou - a verticalização impunha que o partido se aliasse ao PL nas eleições. "O PL em Alagoas é formado por 'colloridos', moleques de usineiros e indiciados na CPI do Narcotráfico", declarou à época.
Nessa época a trajetória política da senadora começou a tomar rumos divergentes do caminho petista. Com a vitória de Lula em 2002, ela tornou-se uma das principais vozes da esquerda do PT. Opôs-se abertamente a inúmeras ações do governo.
Como:
Opôs-se abertamente à indicação de Henrique Meirelles (à época ligado ao PSDB) para presidente do Banco Central e não apoiou a indicação de José Sarney (PMDB) para a presidência do Senado em 2003, contrariando as diretrizes do partido.
Em 2003, durante as discussões sobre a reforma da Previdência, uma das bandeiras do primeiro ano do governo Lula, Heloísa afirmou que a reforma da Previdência atende aos interesses dos "gigolôs do FMI". "Defendo uma reforma que possibilite uma ampliação de direitos, e não uma que seja aplaudida pelos gigolôs do FMI, pelos parasitas das corporações e pela direita brasileira, que, ao longo dos anos, saqueou os cofres públicos e desestruturou o aparelho do Estado", criticou.
A postura de Heloísa e de outros integrantes: os deputados João Fontes (SE), Luciana Genro (RS) e Babá (PA) - levou o grupo a receber o apelido de "radicais do PT". Essas divergências resultaram na expulsão dos dissidentes do partido, em 14 dezembro de 2003.
Heloísa ficou arrasada, chorou por várias noites, ficou sem partido por cerca de seis meses, até a fundação do PSOL – Partido Socialismo e Liberdade – em 6 de Junho de 2004 (o partido só obteve o registro definitivo em setembro de 2005). Na nova legenda, Heloísa manteve o calibre das críticas ao governo.
O partido ganhou novas adesões em setembro de 2005. Militantes históricos e mesmo fundadores do PT, como Plínio de Arruda Sampaio, saíram do PT individualmente ou em conjunto e ingressaram no P-SOL. zOs deputados federais Ivan Valente (SP), Maninha (DF), Chico Alencar (RJ), João Alfredo (CE) e Orlando Fantazzini (SP).
Em novembro de 2005, em eleição livre promovida pela revista Forbes Brasil, foi eleita como a mulher mais influente na política e no legislativo Brasileiro. Em dezembro como Personalidade do ano de 2005 pela Isto É Gente.
Para a opinião pública, ela se tornou uma reserva da moralidade. E hoje em dia não anda mais pelas ruas, aeroportos ou aviões sem ser abordada e elogiada até mesmo por adversários.
Nas eleições de 2006 foi candidata à presidência da República pela Frente de Esquerda constituída pelo seu partido (PSOL), e pelos também nanicos (PSTU) e (PCB), tendo conseguido pouco mais de 6% dos votos na apuração final. Uma aliança com o PDT chegou a ser cogitada, mais não saiu do papel. Desde o início ela sabia que não tinha chances de vencer porem as condições adversas a sua candidatura não à assustaram e ela foi até o fim.
Loló como é conhecida na intimidade mostra um lado espiritualista da sua personalidade, conversa com suas flores e animais de estimação, é católica fervorosa, freqüentadora assídua das missas de domingo e devota de São Francisco de Assis.
Da mulher sensível, meiga e terna, Heloísa Helena se transforma na política combativa, dura e teimosa como quem troca de roupa
Diz o que pensa, luta pelo que acredita, e mesmo engolindo medos e fraquezas, esta sempre no campo de batalha.
É famosa por não medir as palavras ao criticar adversários. Já classificou o ex-senador Luiz Estevão de "riquinho e ordinário", chamou o senador Antônio Carlos Magalhães de "capitão-do-mato" e acusou o presidente Lula de ter traído a esquerda - dizendo que ele mudou de lado.
Ela se defini usando um pensamento de Santo Agostinho que diz: “ A esperança tem duas lindas filhas: a indignação, de não aceitar nunca a injustiça, e a coragem para buscar sempre a mudança.”

Comentário:
Escolhi falar sobre Heloísa Helena, pela sua coragem de estar no meio político enfrentando e dizendo na cara o que ela pensa, seu maior diferencial. Se muitos políticos hoje em dia agissem dessa forma o país não estaria passando por esse caos político atual.
É uma mulher guerreira, que superou ter sido expulsa de um partido que ajudou a fundar, por defender suas idéias, mesmo assim conseguiu achar forças e ir em frente.

Qestão escolha simples:
O que significa a sigla P-SOL, partido criado por Heloísa Helena?
a) Partido Socialista
b) Partido Social e Liberal
c) Partido Socialismo e Liberdade
d) Partido Sócio-Liberal

Questão dissertativa:
Do que Heloísa Helena chegou a trabalhar para ajudar a família?
Resposta esperada:
De bóia-fria.

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