quarta-feira, 18 de abril de 2007

Líder: Anita Roddick

(Fundadora das lojas “The Body Shop”- a maior rede de varejo britânica.)
Anita Roddick, antes de colocar em prática a loja do corpo, foi camareira, professora, funcionária das Nações Unidas e proprietária de um hotel e dois restaurantes.
Casou-se com Gordon Roddick, quatro dias depois de conhecê-lo.
Tornou-se empreendedora por necessidade, pois precisava manter o sustento de sua família enquanto o marido realizava o sonho de percorrer a cavalo o trajeto de Buenos Aires até Nova York.
Fundou em 1976, “The Body Shop”, uma pequena loja de cosméticos naturais. Produzia sabonetes, essências e cremes de forma artesanal. Por falta de recursos, seus produtos eram feitos em embalagens simples, com etiquetas escritas à mão e preços muito razoáveis. Suas primeiras vendas eram feitas de porta em porta, distribuindo amostras grátis.
A primeira loja teve tanto êxito que Anita se propôs a abrir uma segunda loja menos de um ano depois da inauguração.
Sua campanha foi feita à base da comunicação. Para elevar a auto-estima das inglesas, distribuiu cartazes contendo bonecas gordas com a cabeça da Barbie, dizendo: “Três bilhões de mulheres não se parecem com top-models, apenas oito são iguais.”
Usava out-doors para divulgar mensagens do tipo: “Se você acha que a educação está cara, experimente a ignorância.” e outras tão contundentes quanto esta.
Com a proibição de usar out-doors para esse fim, começou a usar o espaço de seus caminhões: “Se você pensa que é pequeno demais para ser eficiente, é porque nunca esteve na cama com um pernilongo!” e outras mensagens de cunho assistenciais (crianças desaparecidas) e denunciadoras de violação dos direitos humanos. Tudo para construir uma imagem sobre a Body Shop, uma personalidade.
Em 1978, Gordon retorna a Inglaterra sem realizar seu sonho, pois seu cavalo morreu ao cair de um penhasco na Bolívia.
Juntos inauguraram as primeiras franquias inglesas.
Em 1982, abriram duas lojas por mês em países da Europa.
Anita e Gordon decidiram então usar sua cadeia de lojas para promover o desenvolvimento social. “Enlightened capitalism”, chamaram o seu plano: - O que é bom para a comunidade e para o mundo, é bom para o negócio. The Body Shop se converteu desde então em muito mais que uma cadeia de produtos cosméticos. Começou a colaborar decididamente com organismos como Greenpeace, Anistia Internacional ou Friends on the Earth.
Fazendo negócios com comunidades pobres da África, Ásia e América do Sul (duas delas no Brasil), a empresária defende o comércio comunitário..
Um dos projetos que ela mais gosta fica justamente no Brasil. Em sua primeira visita ao País, em 1984, apaixonou-se pela comunidade indígena e resolveu criar alternativas econômicas para que os índios não precisassem viver do corte de madeira. Resolveu transformá-los em fornecedores dos componentes usados em produtos de beleza da rede. “Era uma solução para eles e para nós”, comenta. A parceria foi selada e a companhia inglesa começou a fabricar um produto que é, hoje, um sucesso de vendas "os xampus e condicionadores à base de castanhas do Pará".
O negócio deu tão certo que a empresária passou a financiar outros projetos na região:
Uma farmácia verde na qual extraem medicinas naturais para a comunidade, um resort eco-turístico no meio da selva (Tataquara Lodge) totalmente integrado ao meio ambiente e com guias turísticos locais e até um café com internet.
Nesse ano, Anita já se tornara multimilionária.Ela jamais imaginou que sua lojinha pudesse levá-la à condição de mega-empreendedora global. No entanto, hoje a Body Shop é a maior varejista da Inglaterra, com mais de 2.000 lojas espalhadas no mundo, em 52 mercados, atingindo 12 fusos horários e lucrando US$ 1 bilhão ao ano.
A seguir algumas frases de Anita, que mostram um pouco o jeito de ser desta formidável figura empreendedora:
-> ‘Empresários são uma espécie diferente. Têm visões que os outros não vêem, são loucos, não são normais’
-> ‘As pessoas têm que se sentir felizes com o que vêem no ambiente de trabalho. Só assim podemos ser diferentes, criativos, ousados, corajosos’
-> ‘No meu jeito de fazer negócios, respeitamos as pessoas, dialogamos para transmitir valores’
-> ‘A solidariedade humana e moral deve ser incentivada. É papel de cada um. A empresa é um veículo de transformação social’
-> ‘Não existe motivação mais forte que a de atribuir às pessoas que trabalham com você a responsabilidade de expressar e exercitar seus ideais.’

Mensagem de Anita aos jovens:
Aconselho a desafiarem tudo o que lhes foi ensinado. Muito daquilo que aprenderam na escola não corresponde à realidade da vida e do mercado de trabalho.
Se vão começar a trabalhar para uma empresa, descubram os princípios que estiveram na sua origem e certifiquem-se de que são compatíveis com os seus.
Privilegie também as empresas que valorizam e incentivam a criatividade. Se querem juntar-se a uma grande empresa, vejam se ela reconhece a importância da família. Não pense em maior; pense em melhor!
Questão escolha simples:
Em que ano foi fundada a empresa de cosméticos "The Body Shop"?
a) 1986
b) 1966
c) 1976
d) 1996
e) 1956
Questão dissertativa:
A campanha de Anita Roddick foi feita à base de que?
Resposta esperada:
Foi feita à base da comunicação.

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