quinta-feira, 14 de junho de 2007

Negociação: Carrefour compra Atacadão

Sete anos após perder a liderança no mercado, a rede francesa surpreende os rivais, compra o Atacadão e deixa um rastro de problemas para a concorrência .
O executivo francês Jean Marc Pueyo, presidente do Carrefour no Brasil, vinha acumulando dores de cabeça nos últimos anos. Em 2004, quando assumiu o comando da empresa, os anos de domínio do Carrefour já eram uma lembrança e a empresa vinha em declínio. Desde então, o fluxo de más notícias só fez continuar. No fim do ano passado, segundo o conceituado jornal americano The Wall Street Journal, o presidente mundial da empresa, o espanhol José Luis Duran, teria cogitado deixar o país se os resultados não melhorassem. Para tornar o cenário ainda mais plúmbeo, o Carrefour perdeu a segunda posição no varejo brasileiro para o Wal-Mart no ano passado. Pois Pueyo, quem diria, acaba de protagonizar o que muitos consideram a maior reviravolta da história do varejo brasileiro. No dia 22 de abril, o Carrefour desembolsou 2,2 bilhões de reais para comprar a rede Atacadão, um colosso que, com apenas 34 lojas, fatura quase 5 bilhões de reais -- e, com isso, reassumiu a primeira posição no mercado nacional e roubou a coroa que há sete anos pertencia a Abilio Diniz, do Pão de Açúcar.
Mais que uma simples aquisição, a compra do Atacadão tem contornos simbólicos. Nos últimos anos, a falta de investimentos significativos da matriz francesa foi vista como uma evidência de que o peso estratégico do Brasil era cada vez menor -- o que deu origem às especulações sobre uma possível venda da operação local. Na matriz, o presidente do conselho de administração do Carrefour, Luc Vandevelde, tinha outras preocupações. Ele planejava fechar o capital da rede, o que inibia grandes aquisições, e, na prática, fez a companhia perder oportunidades em mercados como Índia e China. Com a saída de Vandevelde e a entrada de novos investidores, em março deste ano, o cenário se transformou, e o Atacadão surgiu como a oportunidade de aquisição que restou nos países emergentes. O Carrefour partiu para o negócio com um apetite tão voraz que deixou os concorrentes paralisados -- no início de abril, os franceses ofereceram 1,1 bilhão de dólares pela empresa, valor quase 20% superior às ofertas que Wal-Mart e Pão de Açúcar preparavam. "Ninguém achava que eles poderiam pagar mais de 1 bilhão de dólares", diz um executivo concorrente que participou das negociações. Em troca, o Carrefour exigiu que o Atacadão parasse de negociar com os rivais. O contrato foi assinado dias depois -- e a empresa antes tida como carta fora do baralho pelos concorrentes voltou à liderança perdida em 2000.
Fonte: ???

Questão escolha simples:
Qual o valor da negociação?
a) R$2,2 bilhões
b) R$1 bilhão
c) R$2 bilhões
d) R$3 bilhões
e) Nenhuma das alternativas
Questão dissertativa:
Qual o principal objetivo na compra do Atacadão?
Resposta esperada:
Ter maior penetração no mercado de renda mais baixa.

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